António de Oliveira Giroto, nasceu a 18 de Janeiro de 1958 na aldeia de Santa Margarida concelho de Castro Daire. Começou a escola primária em Lamelas e ao fim de 2 anos veio para a escola de Santa Margarida. Confessa que nunca gostou de ir à escola, pois vivia-se num ambiente de medo. Ajudava a mãe em todas as actividades relacionadas com a agricultura, diz até que “sabe fazer de tudo um pouco”. O pai trabalhava nas obras, era encarregado e passava a semana toda fora, regressando aos fins de semana. Conta-nos que seu pai fez alguns dos edifícios das escolas do primeiro ciclo, as antigas escolas primárias, do concelho de Castro Daire e que por coincidência ou não, algumas escolas que o seu pai construiu ele encerrou, enquanto vereador da Câmara Municipal de Castro Daire. A sua aldeia era como muitas outras, e com um ponto de encontro, onde as crianças se juntavam para jogarem à bola, jogar às escondidas, sem muitos brinquedos. Esses brinquedos eram, segundo nos diz, construídos pelas crianças, como os arcos em ferro e borracha, os carrinhos com casca de pinheiro, os carrinhos de madeira, para andarem pelas ruas, Tem boas memórias da infância e retém ainda algumas, como a inexistência de luz eléctrica. Confessa que teve uma infância privilegiada, e “que nunca me faltou nada” .
Entrevista a António Giroto, conduzida por Luís Costa (Binaural Nodar), Marta Carvalhal e Cláudia Almeida (Biblioteca Municipal de Castro Daire). Captação de imagem por Liliana Silva e som por Luís Costa a 19 de Junho de 2019. Editado por Liliana Silva.
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