Dália de Almeida nasceu em Parada de Ester (Castro Daire) e a sua vida ficou marcada para sempre quando, com apenas sete anos de idade, viu o seu pai morrer na véspera de Natal. Dália foi crescendo, aprendeu a arte de costureira e, depois de casar, emigrou para o Rio de Janeiro, depois de uma longa viagem de barco com o seu marido e a pequena filha Olga, com apenas um ano de idade. No Brasil, Dália de Almeida dedicou-se à lida da casa e a cuidar da sua filha e do filho que nasceu já no Rio de Janeiro, enquanto o seu marido desenvolvia a atividade de marceneiro e, mais tarde, de condutor de autocarros. A família regressou passados oito anos, uma vez que o sogro de Dália de Almeida, emigrado no Brasil há muitos anos, decidiu regressar a Parada de Ester. Passados estes anos todos, a memória daqueles anos vai ficando difusa, concentrando-se em alguns aspetos isolados com o tempo mais quente daquelas paragens distantes, a visita inesquecível ao Cristo Redentor e a experiência de ir à praia com a família.
Entrevista audiovisual e edição de Luís Costa